Por Sharon Gaudin, da Computerworld (USA)
Executivos de TI buscam atender à demanda da força de trabalho para utilizar as
mídias sociais como ferramenta corporativa, inserindo a tecnologia na
estratégia.
Mais e mais profissionais elegem suas ferramentas favoritas de redes
sociais para usar no ambiente corporativo como forma de ampliar a
produtividade. Os executivos de TI não têm outra escolha: eles precisam
encontrar, rapidamente, formas de gerir esse universo.
O número de usuários de redes sociais é enorme e continua crescendo. O
Facebook reúne 850 milhões de usuários em todo o mundo; o Twitter afirma contar
com mais de 140 milhões de usuários ativos, e a Google aponta que em janeiro a
rede social, o Google +, alcançou 90 milhões de pessoas menos de um ano depois
do seu lançamento.
Nos últimos anos, os funcionários têm cada vez mais utilizado
ferramentas como microblogs, como o Twitter, para se comunicar com colegas e
parceiros de negócios, ou o Facebook e o Foursquare para manter os colegas
atualizados sobre o seu paradeiro durante viagens de negócios.
"Há uma experiência social que está acontecendo na vida pessoal e que será
refletida na forma como as pessoas trabalham", observa Peter Hirst,
diretor-executivo de educação executiva do MIT Sloan School of Management. Para
endereçar essas questões, a instituição de ensino, localizada nos Estados
Unidos, lançou um programa-piloto de colaboração que utiliza a plataforma Engage
AvayaLive da Avaya.
Outros executivos de TI também têm tomado conhecimento da tendência, e muitos
estão trabalhando duro para encontrar e implementar formas de controlar a
tecnologia e como ela é usada.
"É muito difícil para nós administrar a evolução da tecnologia", afirma David
Nettles, diretor de arquitetura de TI e conformidade da Rayonier, empresa de
produtos florestais baseada na Flórida.
"No começo, nós dizemos ‘você não pode enviar mensagens no Facebook, enquanto
está no trabalho’ e eles simplesmente usam o smartphone para fazê-lo", diz
Nettles. "Pensar que é possível detê-los é um pouco ingênuo.”
Nettles conta que a Rayonier está aplicando gradualmente um plano de
colaboração corporativa social, preparando o terreno para redes sociais, com o
Microsoft SharePoint e o Google Apps, baseado em nuvem.
Analistas do mercado observam que qualquer estratégia relacionada a redes
sociais corporativas deve incluir suporte para dispositivos móveis, e os
tradicionais sistemas desktop e laptop.
"Nosso trabalho é proporcionar o acesso a informações e recursos mais
rapidamente", afirma Angela Yochem, diretora de tecnologia da empresa
farmacêutica AstraZeneca. "Se isso significa fornecer acesso à comunicação por
meio de dispositivos móveis de qualquer tipo ou um desktop ou laptop, queremos
ser capazes de fornecer."
Angela acrescenta que ela descobriu que os usuários tendem a ficar frustrados
se não puderem usar suas redes sociais, quando e como quiserem.
Dan Olds, analista no Gabriel Consulting Group, observa que o movimento para
uso corporativo de ferramentas de redes sociais é simplesmente mais um passo no
processo de adoção da tecnologia. "É preciso responder, fornecendo as
ferramentas que os negócios necessitam para fomentar a colaboração desejada",
assinala.
Olds explica que antes da adoção generalizada de ferramentas de redes sociais
[por funcionários novos ou veteranos] os gerentes de TI foram desafiados a criar
planos de colaboração. Hoje, prossegue Olds, “a tarefa é um pouco mais fácil
porque as pessoas de negócios podem agora dizer que precisam de um recurso
específico como Twitter, Facebook e Google+”, completa.
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