sábado, 29 de dezembro de 2012

Ciência: Mundo não acabou apesar da profecia maia

Por Íris Marini 
Publicado por Jornal do Brasil
Depois que arqueólogos mexicanos descobriram a segunda referência ao "fim do mundo" que teria sido previsto pelos maias e que ocorreria em 2012, toda a população da terra se influenciou pela previsão do calendário. Até então, especialistas afirmavam que havia apenas um achado que mostrava o fim do calendário do povo antigo. Com este novo indício, diversas discussões, preparações e supostas previsões para o “fim” fizeram parte das atividades do ano até 21 de dezembro de 2012, dia em que se dizimaria a Terra.
A quatro dias do "fim do mundo" um grupo seguidor do guru Masuteru Hirota fugiu para Pirenópolis (GO), tentando se salvar do fim da humanidade. Desde julho deste ano, o professor vivia em uma casa alugada numa região periférica da cidade, onde estocava alimentos para dois anos: "Uma onda de 1,5 mil m vai destruir quase toda a Terra. No Brasil, só a região central (Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Pará) vai escapar", disse ele. Também à espera do fim do mundo, turistas lotaram regiões como Guatemala, Honduras e El Salvador, onde viveram os maias e há seus descendentes.
As teorias de que o fim do mundo aconteceria no dia 21 de dezembro de 2012 tiveram origem em dois monumentos da antiga civilização Maia, em especial uma estela chamada "El Tortuguero", descoberta em 1957-58. De acordo com especialistas, o fenômeno 2012 compreende um conjunto de crenças escatológicas segundo as quais eventos cataclísmicos ou transformadores aconteceriam no dia 21. Esta data é considerada como o último dia de um ciclo 5.125 anos do calendário de contagem longa mesoamericano. Vários alinhamentos astronômicos e fórmulas matemáticas foram colocados como pertencentes ao dia, apesar de nenhuma delas ser aceita pela comunidade científica.
A interpretação mais real, segundo estudiosos, é de que a data marca o início da “nova era”. Assim, a Terra e seus habitantes poderiam sofrer uma transformação espiritual ou física positiva, e 2012 seria o começo de um novo tempo. Com esta prerrogativa, a cidade de Tikal, no norte da Guatemala, foi palco de uma série de comemorações no último dia 21 de dezembro, quando o mundo não acabou, pelo início de uma “nova era” no calendário maia. Grupos de danças vestidos com trajes cerimoniais, plumas, máscaras e tochas fizeram apresentações em homenagem à agricultura e à natureza. Para a trilha sonora, foram usados instrumentos musicais como tambores, flautas e zill.
Outros cientistas sugeriram que 2012 marcaria sim o fim do mundo ou uma catástrofe similar. Cenários sugeridos para o fim do mundo incluiriam a chegada do próximo “máximo solar” ou a colisão da Terra com um objeto como um buraco negro, um asteroide próximo ou um planeta chamado "Nibiru".
Especialistas, governos e instituições tentaram desmentir a profecia e acalmar a população. A Nasa (Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço) realizou coletivas negando a previsão e criticando o filme “2012”. Além disso, a agência disponibilizou em seu site cientistas de prontidão para responder perguntas sobre o suposto “fim do mundo”. Ainda assim, pessoas de todo o mundo ameaçaram se suicidar e tentaram criar mecanismos, lugares e transportes na tentativa de fugir do fim apocalíptico que felizmente não aconteceu.

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