Ao todo são 20 os terrenos municipais em estado de abandono, que a Câmara Municipal de Évora, em Portugal, quer transformar em hortas urbanas. A ideia consiste em criar diversos talhões onde as famílias mais carenciadas poderão cultivar os seus produtos, numa prática que também tem como fito a dinamização do desenvolvimento sustentável e a promoção da consciência ambiental.
Os terrenos em causa, que em breve vão deixar de estar sem uso, encontram-se na zona periférica de Évora, estando previsto que sejam divididos em parcelas de 25 e 50 metros quadrados. Delas nascerão as futuras hortas urbanas da cidade alentejana, num projecto que tem tudo para ser um balão de oxigénio para as famílias mais carenciadas.
Numa altura em que a crise e austeridade apertam cada vez mais, esta ideia vai permitir que os interessados “cultivem e tenham acesso a legumes da sua própria produção”, sendo “um acréscimo, embora modesto, para o orçamento de algumas famílias mais carenciadas”, disse à agência Lusa o presidente da autarquia, José Ernesto d’Oliveira.
As hortas, que serão concedidas de forma gratuita, vão estar direccionadas para a produção hortícola e para a floricultura, estando os seus utilizadores obrigados a não quebrar as regras de acesso estipuladas pela câmara.
Tal como informa a agência de notícias, “alguns dos terrenos já têm fonte de abastecimento de água, através de furos ou poços, mas, naqueles que não tenham água própria, o município disponibiliza-se a fornecer através de um reboque cisterna”. No que respeita ao fornecimento de electricidade, todos as parcelas terão um “ponto de luz que será de utilização colectiva”, salientou José Ernesto d’Oliveira.
Todo este projecto é transversal ao protocolo Agenda 21, um documento que viu a luz do dia em 1992, na cidade brasileira do Rio de Janeiro, durante a Cimeira da Terra.
A inclusão social, a sustentabilidade urbana e rural, tal como a ética política, foram então alguns dos eixos considerados essenciais para se atingir o desejado desenvolvimento sustentável. Ao pegar nestas premissas, a autarquia de Évora quer ainda potenciar, com as hortas urbanas, a convivência familiar e comunitária, ao mesmo tempo que contribui para uma maior consciência ambiental.
Publicado por Redacção Portal Arquitecturas, em 15 de Fevereiro de 2012
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